terça-feira, 3 de abril de 2012

...qualquer coisa...

Ai, ai...cada dia que passa fico mais sem ter o que falar sobre qualquer coisa...deve ser porque estou lendo pouco, estudando nada e ouvindo abobrinhas demais. Acho que as pessoas levam muito a sério esta coisa de "qualquer coisa". Falam sobre qualquer coisa com propriedades de senso comum apenas. Discutem qualquer coisa colocando qualquer argumento sem perceber que são falhos, que nem são argumentos. Falam, falam, falam...e eu, só escuto...porque quando falo, as pessoas entendem "qualquer coisa" mesmo...ando me arrependendo ao final de cada frase...às vezes, de cada interjeição. Assim como vou me arrepender de ter escrito este texto já, já...cansei de ficar ouvindo quaisquer coisas e ser obrigada a dizê-las de volta só pra não ser mal educada, embora quase nunca consiga não o ser.
 Já não sei mais escrever direito, nem falar direito...não sei nem pensar mais....porque não dá pra pensar em qualquer coisa quando se têm coisas mais importantes pra pensar...não dá pra fazer qualquer coisa, quando se têm coisas mais importantes pra fazer...mas as pessoas só dão importância pra qualquer coisa...e falam, falam, falam...como se fossem especialistas em qualquer coisa...elas só não entenderam ainda que especialistas não falam sobre qualquer coisa...falam de coisas "específicas"...mas não adianta falar...pois elas continuam falando...e eu, vou ser obrigada a continuar ouvindo...não sei até quando.
Enquanto eu escuto...todos falam de qualquer coisa, a qualquer modo, de qualquer jeito...e só consigo pensar e constatar que ninguém sabe coisa alguma de coisa nenhuma...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sonho de adolescente realizado aos trinta...

Friozinho na barriga, ansiedade... lá estava eu, esperando por um show, esperado por uns 17 anos...e logicamente, não deu pra fugir da nostalgia e todas as questões que vêm com ela...curti o show, amei ver a banda que eu adorava na adolescência e o vocalista do qual tinha fotos no quarto e nos caderno...rs. Porém, não pude deixar de notar que até ele está ficando um pouco careca e já não tem a mesma carinha de menino...e só consegui notar tudo isso porque não esqueci de levar meus óculos...adorei a experiência, mas confesso que aos 14, teria sido muuuuuito melhor. Talvez meus pés e costas doessem menos e eu soubesse cantar todas as músicas do show...mas mesmo assim, valeu a pena, valeu a pena o show, as dores, o cansaço...valeu a pena, pois em alguns momentos o friozinho na barriga dos velhos tempos voltou ao ouvir as músicas da "minha época", valeu a pena a sensação de, por duas horas e meia, não pensar nos problemas da vida adulta e me sentir alegre simplesmente com um som de  músicas que marcaram de alguma forma minha história e poucas palavras faladas num português péssimo...rs
Enfim, valeu a pena realizar um sonho, que talvez tivesse um outro gosto há 15, 16 anos, quando ia fazer faxina na casa de parentes para ganhar um trocado e comprar os vinis... mas que pra mim, teve um gosto muito especial, um gostinho de estar viva e de não ser careta...sem me importar com a idade, com os problemas, mas sim o gosto de ser alguém, que ainda sabe viver, pois sente! E como diria Rousseau: "para nós existir é sentir, e nossa sensibilidade é infinitamente maior do que a razão".
Antes tarde do que nunca! Isso foi o melhor de tudo...pois o tempo vai passando e as pessoas vão se acomodando, perdem a vontade...mas eu sou uma pessoa "desacomodada" por natureza...ainda tenho muita coisa pra viver...e vou viver...mesmo que isso incomode a muitos que não têm vida...

PS: O Eddie Veder continua lindo!!!!.....rsrsrs e essa música traduz um pouco destes sentimentos...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Fim da Picada!

Meus níveis de antissociabilidade estão, eu diria, bem altos..."até a tampa"...tá difícil ficar calada em muitas situações em que o silêncio é a única saída socialmente aceita. Como muitas vezes, não posso falar, não posso dizer o que realmente penso, por não ser compreendida quando manifesto minhas opiniões, por muitas vezes não ser reconhecida em absolutamente nada...me calo! E com isso, explodo por dentro! Em outras palavras, é muito difícil conviver com mentiras e insanidade o tempo todo...todos sabem o que devem fazer, mas ninguém faz. Só sabem apontar os atos alheios... um papel comprado muitas vezes vale mais do que o fato...e eu que achava que contra fatos nem poderiam haver argumentos... mas, contra qualquer argumento existe um papel assinado... o papel é o mais importante, sempre... papel no sentido literal e no sociológico. O papel assinado é mais importante do que nossas palavras, ao mesmo tempo que o papel que representamos na sociedade é mais importante do que realmente somos. Ninguém está nem aí pra absolutamente nada...se no papel, ou em ambos os papéis, estiver tudo certo...ótimo! Pra que se preocupar com o ser? Simplesmente ninguém liga...os seres são só mercadorias como quaisquer outras...volto de fato à questão: o homem é um ser social? Quanto mais convivo com eles, mais antissocial fico...as decisões "humanas" são o fim da picada! mas quando achamos que já é o fim...percebemos que ainda é só o começo...não sei mais o que nos espera...eu já não espero mais nada!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Aos trinta...

       Em janeiro, prestes a completar trinta anos, escrevi me perguntando sobre as possíveis mudanças que a idade da razão poderia me trazer... continuo não me sentindo com trinta, não de cabeça, não de sentimentos e perspectivas, nem nas roupas e no visual...continuo com meu velho e bom tênis, meu jeans e minha camiseta...salto só de vez em nunca... ( na minha cabeça, as mulheres de trinta eram bem vestidas, de sapatos de salto, maquiagem etc) mas, algumas mudanças vieram à tona nesses últimos 5 meses: quilos a mais, cabelos brancos a mais - e bota mais nisso -, suspeita de pressão alta e muitas outras "cositas" mais. Ah, e como poderia esquecer...falta de tempo pra tudo, pois a cada ano que passa, aumentam-se as responsabilidades, os compromissos, as contas pra pagar...
     Independente das mudanças naturais do tempo, não me sinto realmente tão diferente, talvez eu não veja mais o mundo com olhos de menina, nem acredite mais tanto nas coisas e principalmente nas pessoas. Mas isso tudo não tem muito a ver com a idade, tem a ver com escolhas, com os contextos, com a história. Gosto da minha história até aqui...ainda é curta, mas bem recheada de pesares e alegrias, de culpas, de satisfações, de raiva e indignação diante de fatos imutáveis aos olhos de todos, mas ainda passíveis de mudanças pra mim...talvez haja sim, ainda um resquício de menina que acredita que coisas possam mudar, que pessoas possam mudar e que fica indignada e muito, mais do que deveria, com coisas erradas, as quais as pessoas fazem questão de não enxergar. É mais fácil mesmo, ser cego diante do mundo, deste mundo "cabuloso" como se referiu meu irmão outro dia.
     Pois é, os 15, os 20, os 30, 40 e tralálá...são feitos de escolhas. Não escolhi o caminho mais fácil! Não teria graça, nem faria sentido pra mim. Vamos ver aonde meu caminho me leva...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ano Novo...de novo!

Meu ano novo só começa daqui a 4 dias... quando faço aniversário. Ano Novo, idade nova, cabelos (brancos) novos... bom, o ano passado eu cumpri minha promessa direitinho e consegui não parar de fumar... esse ano nem essa promessa eu fiz...pra parar de prometer acordar cedo eu fiz um negócio melhor, pra evitar a frustração: mudei meu horário de trabalho! Agora vou acordar cedo na marra...e bota cedo nisso! Só assim mesmo...
Expectativas...são sempre as mesmas, nunca tive grandes ambições...não sei se isso é defeito ou qualidade...ainda assim tenho planos, metas...mas nada que me faça esquecer de viver o dia. Esse é o mais importante...é o tempo que existe...
Dizem que quando se chega aos trinta...você já descobriu seu corte de cabelo ideal...olha, só faltam 4 dias pra eu chegar lá e ainda não tenho a mínima ideia do que fazer com meu cabelo...rsrs Mas tá certo...receitas prontas nunca funcionaram comigo mesmo.
Lembro de quando alguém falava que tinha 30 anos e eu pensava: "nossa, tudo isso!...quando eu tiver 30 anos..."  Já tenho, quase...e não me sinto com "tudo isso!"
Bom...daqui a 4 dias eu digo se mudou alguma coisa...enquanto isso, vou ler Balzac pra ir entrando no clima...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Questões...

A gente passa a vida ensinando que o melhor é aprender a questionar tudo, duvidar de tudo e criar opiniões próprias e blá, blá, blá...mas se a gente parar pra questionar até isso...a gente vê que questionar não é tão bom assim, pelo menos não é nada prático. Na verdade, é um saco! (com o perdão da palavra)
O problema é que quando a gente aprende a questionar tudo, vira um chato! Além de sofrer muito mais...porque esses questionamentos e questões que levantamos não se restringem a problemas exteriores a nós, mas sim e, principalmente, alcançam os problemas interiores. E isso é extremamente doloroso, na maioria das vezes...pois, ao questionarmos nós mesmos, o que pensamos, o que sentimos, vemos que muitas coisas são construídas socialmente e então, muito das "magias" que aprendemos nas histórias de princesas, deixam de existir. (Tá certo que eu nunca gostei muito de princesas, em particular da Branca de Neve...porque lavar, esfregar, cozinhar cantando feliz daquele jeito...não dá, né!) Mas enfim, ao perceber que todas as nossas relações são construídas, muitos encantos se quebram...e tudo isso faz com que a gente fique cada vez mais sozinho. Não exatamente solitário, porque aprendemos, na medida do possível, a conviver com isso...mas que um pouco da vida perde a graça, isso perde. E que nos tornamos pessoas difíceis de conviver, isso também é fato!
Estou aqui falando em "nós", mas é só um recurso textual, na verdade estou falando de mim mesmo. Às vezes é difícil constatar que o que queremos acreditar, já sabemos que não existe. É confuso, mesmo...acreditamos sabendo que não existe, logo, fingimos que acreditamos, eu acho...ou não...
Talvez acreditamos de fato, em determinadas épocas, em determinados momentos...mas sempre vem a maldita lucidez...ou será a loucura? Não sei... acho que ainda preciso questionar isso mais um pouco...talvez isso não seja lá assim muito importante, mas às vezes é! É tudo assim, tudo talvez...e isso é uma grande "pííííííííííííííí"...
Só queria às vezes voltar a acreditar em magias, em encantos, em coisas "do destino"...se é que um dia eu acreditei...até em papai Noel eu fingia que acreditava pra não deixar meus primos chateados, pra não acabar com a graça deles...
Bom, cansei...já me vieram mil questões depois deste texto mal feito e mal escrito...termino então, com a melhor frase de "Matrix": A ignorância é deliciosa!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Comemorar o Quê?

Essa foi a pergunta que fez um amigo de faculdade em seu site e me pediu uma opinão sobre o que podemos comemorar hoje, Dia do Professor...(alíás, dia que só é lembrado porque na maioria das escolas não tem aula...então, a maioria dos pais é forçada a lembrar, não com muito carinho, pois muitas vezes não vão ter com quem deixar os filhos e isso não agrada muito...)
Bom, voltando à questão, o que devemos comemorar? Depende sempre do ponto de vista...mas acho que hoje em dia nem pontos de vistas diferentes podem chegar a conclusões diferentes, visto que nossa profissão é cada vez mais desvalorizada e ridicularizada! Ninguém quer que seu seu filho(a) se forme um professor. O que antes era símbolo de status, hoje é símbolo de piada...
Os professores são mal formados, mal remunerados, mal assistidos e como diria Dom Maluff, mal casados. (lembram disso? "as professoras não ganham mal, são mal casadas..."). Pois é, eu então tô ferrada...filha de professor, neta de professor, sobrinha de professor, afilhada de professor e casada com professor! Tô muito bem na fita! Mas enfim...se temos algo ainda pra comemorar é a nossa teimosia em trabalhar pra melhorar as coisas, pra ajudar as pessoas a pensarem e a lutarem por seus direitos, ajudar jovens a perceber que podem criar perspectivas e não serem fantoches nas mãos alheias...é um trabalho de formiguinha, sempre, em qualquer nível da educação. Trabalho estressante, enlouquecedor, que suga a gente e tira nossas forças e muitas vezes nossas esperanças...mas somos teimosos! Se temos o que comemorar, comemoremos nossa teimosia, que beira a burrice, muitas vezes, de tanto darmos murros em ponta de faca...mas quem sabe, um dia, a faca quebra...acreditamos nisso...e é por isso que não desistimos...
Quase desistimos por muitas vezes...mas quando um aluno, em meio a tantos que não sabem nem o nosso nome, faz uma pergunta interessada, ou demonstra que ouviu e pensou no que dissemos...acreditamos de novo e seguimos em frente...não sabemos fazer outra coisa...
Essa é a grande diferença entre TRABALHO e EMPREGO...quando eu encarar meu trabalho como emprego, eu paro de trabalhar...
Enfim, amigo, comemoremos nossa Teimosia! Enquanto nossos alunos comemoram que não tem aula...e seus pais queiram nos matar por mais um feriado em que a escola não abre...

Feliz dia dos professores a todos os meus colegas e a quase toda a minha família...rs
Parabéns teimosos!

                

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Que fazer?

O que escrevo agora não é novidade pra nenhum professor...mas talvez seja pra algumas pessoas que não entendem a vida que o professor leva...
Final de semana é uma coisa que quase não existe na vida do professor...o trabalho não acaba nunca! Passamos horas e horas na escola e quando chegamos em casa ainda temos trabalho da escola pra fazer, além dos trabalhos domésticos e cuidados com filhos...
No último final de semana, fiquei desde a sexta à noite até o domingo à noite trabalhando...só que aqui em casa ainda é pior...porque meu marido também é professor...então, fim de semana não existe. Se existir, o trabalho fica atrasado. Mas o pior de tudo não é nem o trabalho...mas sim as coisas que temos que adiar por causa dele...
Sábado, Lara acorda..."mamãe, vamos brincar?" e eu: "agora não dá, docinho, tô trabalhando..." e ela: "e o papai?" ..."papai tá escola...(em conselho de classe)". Me incomada muito este tipo de coisa, pois quando estamos em casa é difícil achar o tempo pra ficar com ela... adiamos passeios, churrascos, festas etc por conta do trabalho que resta da escola...
No último sábado, Lara irritada de tanto ouvir "não posso"...pegou o telefone com raiva e me disse: "LIGA PRO MEU AVÔ! Liguei e ela no telefone: "Vô, vem me buscar porque meu pai tá na escola e minha mãe tá trabalhando no computador..." Passou o dia lá..e isso me corta o coração, sei que ela se diverte na casa dos avós, mas ela sente falta da gente...
Mas, como diria Lênin (rsrsr): que fazer?

Esse final de semana, que por sinal é prolongado (uhuuu!), não quero fazer nada a não ser cuidar e ficar com minha família! Só que antes preciso terminar umas coisinhas da escola...f!

sábado, 28 de agosto de 2010

Sem pretensão, mas com razão e coração...faço minhas as palavras de Lenine

Paciência
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida é tão rara...
A vida é tão rara...

Composição: Lenine e Dudu Falcão

sábado, 14 de agosto de 2010

Você não é minha prô!

No meu último texto, escrevi sobre o quanto é difícil pra mim ter que deixar minha filha com outras pessoas e cuidar dos filhos de outras pessoas...mas agora a situação está um pouco melhor. Consegui que a Lara viesse estudar na mesma escola que eu leciono e isso me deu uma tranquilidade muito grande, porém, e sempre tem um porém, fiquei preocupada (que novidade!) com a reação dela diante da situação. Primeiro: ela já estava muito bem adaptada na antiga escola. Segundo: ela não ficaria na minha sala e me veria com outras crianças, sem poder ficar comigo. Mas, novamente, Lara me surpreendeu. Logo no primeiro dia, ela passou o dia tranquila e não veio me procurar nenhuma vez... é claro que antes disso, conversamos com ela, explicamos como seria etc, mas mesmo assim fiquei impressionada de ver como ela entendeu as coisas e soube separar. A ponto de um dia, na hora do lanche, que é um dos poucos momentos que nos vemos na escola, ela estava com a turminha dela e eu reparei que ela estava querendo chamar a professora...então, a mãe prepotente aqui foi perguntar: "você quer mais leite, mais pão, docinho?" e ela, na lata: "não, mamãe, estou chamando a minha prô, você não é minha prô! é ela que tem que pegar o lanchinho..."
Enfim, mais uma vez estou percebendo o quanto subestimamos as crianças, achando que elas são incapazes de entender situações, que na verdade, são difíceis para nós, não para elas...só o fato dela me ver na hora do lanche, ou quando passa na frente da minha sala, basta pra ela se sentir segura. Eu é que fico de botuca o tempo todo...querendo ver como ela se comporta, se comeu, se está fazendo amizades...mamãe, bobinha! (como ela mesma sempre me diz)
De qualquer forma, a experiência de tê-la mais perto de mim está me fazendo muito bem e espero que a ela também...vou continuar espiando o quanto puder, porque sei que daqui a alguns anos, isso não será mais possível...